quarta-feira, 28 de outubro de 2009

História do Livro da Selva

Lobito 1ª Estrela

1. HISTÓRIAS – Conhecer as Aventuras de Mougli

A História d’ O Livro da Selva

Os Irmãos de Mougli

O Pai Lobo acordou da sesta no seu covil nos montes Seiôuni, na Índia., para ir caçar. A Racxa, a mãe loba, estava ao seu lado com as suas quatro crias. De repente, viram Tabaqui, o Chacal, que tinha ido procurar alimento. Os lobos não gostavam do Tabaqui porque ele era intriguista. Tabaqui vinha contar que Xer-Cane rondava aqueles montes.
Xer-cane, o Tigre, nascera coxo de uma pata e só conseguia caçar gado.

Ouviu-se um barulho perto do Covil, o pai lobo foi ver o que era. Para seu espanto encontrou uma cria de homem. A mãe loba colocou o bebé junto com as suas crias. Até que Xer-Cane apareceu a reclamar a cria para si.

A Mãe Lobo deixou as crias e aproximou-se ameaçadora enfrentando o olhar de Xer-Cane.

A mãe Loba decidiu ficar com o bebé e chamou-lhe Mougli, que quer dizer pequena rã. Mas, a alcateia não queria aceitar uma cria de homem, até que Balú, o único animal cuja presença era permitida na Rocha aconselhou a Alcateia a aceitar Mougli.


Mas, segundo a Lei da Selva, as crias tinham de ser apresentadas à Alcateia numa Rocha do Conselho sobre presença de Aquelá, o velho Lobo, chefe da Alcateia.

Balú encarregou-se de ensinar à cria de Homem a Lei da Selva.
Mesmo assim, a Alcateia ainda tinha dúvidas, até que a Baguera, a Pantera Negra comprou a entrada da cria de homem na Alcateia, oferecendo aos lobos um touro gordo.

Tal oferta convenceu toda a Alcateia e Mougli entra no Povo livre e passa a correr e a caçar com a Alcateia!

O Povo Macaco


Mougli cresceu livremente entre os lobos.

Balú, o Urso ensina a Mougli as palavras sábias - Tu e eu somos do mesmo sangue - para que este possa falar com todos os animais e viver seguro na Selva.

Entretanto, Baguera, a pantera ágil, ensinava Mougli a caçar e a arranjar alimento na selva.

Mas, Mougli não disse a Balú, nem a Baguera que tem convivido com o povo macaco, os Banderlogues, os macacos sem lei. Até que um dia, Mougli é levado por entre os troncos mais altos das árvores pelos macacos.

Ao ser arrastado pelos Banderlogues, Mougli vê Tchill e grita o pedido de pedido de socorro dos milhafres: Tu e eu somos do mesmo sangue.

Rapidamente, o Milhafre Tchill foi avisar o Balú e a Baguera.

Ao saber o que tinha acontecido decidiram ir chamar a Cá, a cobra-pitão.
Porque os macacos têm medo que a Cá cace as suas crias.

Juntos partiram para a cidade em Ruínas, a terra dos macacos sem lei.

Na esperança de salvar Mougli, Balú e Baguera enfrentam os Banderlogues com toda a sua força.

Até que a Cá, aparece para ajudar a resgatar Mougli.
A cobra faz a sua dança e os banderlogues cheios de medo de ser comidos desaparecem.

Balú, Baguera e Mougli partem, mas antes disso agradecem a Cá.

Mas, Mougli tem de ser castigado porque segundo a Lei da selva o arrependimento não apaga o castigo.

A Baguera deu a Mougli uma dúzia de palmadas, ao de leve. Ao pequeno pareceu-lhe uma sova severa mas quando acabou ergueu-se sem um queixume.

A Flor Vermelha

Mougli levava uma vida maravilhosa entre lobos, com os seus amigos Balú e Baguera. Mas Xer-cane continuava a ameaçar a Alcateia.
À medida que Àquelá foi envelhecendo foi perdendo o controlo da alcateia e Baguera avisou Mougli que um dia Xer-cane ia tentar matá-lo.
Baguera ensinou Mougli como poderia assustar Xer-Cane. Ido até à aldeia dos homens buscar a Flor vermelha.

Os animais da selva tinham tanto medo do fogo que arranjaram uma maneira de não o nomear. Chamando-lhe a Flor vermelha. Enquanto Mougli se dirige para a aldeia dos homens, Àquelá falha a sua presa, os jovens lobos proclamam a sua derrota e a lei diz que Àquelá tem de morrer.

Mougli depois de encontrar a Flor Vermelha dirige-se confiante para a Rocha do Conselho.

Xer-Cane demonstra a sua arrogância ao abrir a sessão, o que nunca teria feito nos bons dias de Àquelá.
Seguiu-se um longo silêncio. Mougli e o lobo solitário já não têm muitos amigos na Alcateia.

Com o coração cheio de tristeza Mougli escolhe o momento certo, e mostra a Xer-Cane a Flor Vermelha, obrigando o tigre a recuar, cheio de medo.

Uma vez que a Selva o recusa, Mougli tem de voltar para o meio dos homens. Mas Àquelá tem de viver e Mougli promete em frente a toda a Alcateia que um dia voltara como homem à Rocha do Conselho e promete trazer a pele de Xer-Cane na cabeça!

O rapaz chorou então pela primeira vez na vida, e de um modo tão sentido que o coração se despedaçava. Depois, mais tarde foi conhecer aqueles seres misteriosos, chamados Homens.


A Vida na Aldeia

Mougli correu mais de trinta quilómetros até chegar ao portão da aldeia e sentou-se. Pouco depois cerca de cem pessoas reuniam-se junto do portão a olhar, a gritar e a apontar para ele.

Os aldeões acolhem o menino-lobo com curiosidade. Mougli acha que eles se assemelham ao povo macaco, não têm maneiras. No entanto, uma mulher, Messua, parece reconhecer nele o seu Nadú levado há muito tempo pelo tigre. Cheia de gentileza ela tenta fazer-lhe tomar o gosto pela companhia dos homens.

Mas Mougli não compreende os jogos das crianças nem os preceitos da religião.

Uma noite Mougli teve uma visita, o Irmão Cinzento, o mais velho dos filhos da Mãe Lobo. O irmão cinzento era o melhor amigo de Mougli e por isso foi levar-lhe notícias da vida na selva.
Mougli passou os meses seguintes a aprender as leis dos homens.

Um dia Mougli senta-se a ouvir as histórias de Buldeo, o caçador da aldeia, este divagava acerca dos hábitos dos animais da selva.

Mas as histórias eram muito disparatadas, e Mougli não se conteve e disse que Buldeo ainda não tinha dito uma única palavra verdadeira acerca da selva.

Tigre! Tigre!

No dia seguinte, ao nascer do Sol, o Mougli desceu a rua da aldeia montado no Rama, o grande búfalo macho, chefe da manada.

Nesse momento encontra novamente o Irmão Cinzento, que o alerta para o perigo: - O Xer-Cane tem andado à tua procura, - disse o Irmão Cinzento. – Tenciona matar-te esta noite, no portão da aldeia.

Ajudado pelo Irmão Cinzento e por Aquelá, Mougli passa à acção. Divide o rebanho em dois e atrai Xer-Cane para esse local. Xer-Cane cai na armadilha e fica preso no desfiladeiro, a carga dos búfalos, conduzida por Rama, chefe do rebanho, não deixa qualquer oportunidade para Xer-Cane.

Atrás deles, o Xer-Cane jazia morto, no solo.

Mougli cumpriu a sua promessa, iria levar a pele de Xer-Cane à Rocha do Conselho.

Mas, Buldeo surpreende-o a esfolar o tigre e quer apoderar-se da pele.
Então, Mougli chamou por Aquelá:

- Aquelá - queixou-se o Mougli. – Este homem está a incomodar-me.

De repente, o Buldeo deu por si estendido na erva, com um lobo em cima. Buldeo cheio de medo voltou para a aldeia e contou a todos o grande feito de Mougli, o que causou um grande reboliço na aldeia.

Mougli acabou por ser expulso da aldeia.
-Outra vez?! – Disse o Mougli. – Primeiro foi porque eu era um homem. Agora é porque eu sou um lobo. Vamos embora, Aquelá!

Ninguém tinha substituído o Àquelá como chefe da Alcateia. Os lobos caçavam e lutavam a seu belo prazer. Mas responderam à chamada de Aquelá, por hábito.
Reuniram-se em redor do Rocha de Conselho, uns a coxear com feridas causadas por balas ou por armadilhas, outros com sarna, por comerem alimentos impróprios.

Faltavam muitos, mas os que restavam viram a pele às listas do Xer-Cane estendida na rocha, com as garras enormes suspensas da extremidade das patas vazias.

- Olhem bem, oh Lobos. Cumpri a minha promessa ou não? – Perguntou o Mougli. Os lobos exclamaram “Sim!” e um, todo ferido, uivou:
Os lobos exclamaram “Sim!” e um, todo ferido, uivou:

- Volta a ser o nosso chefe, Aquela. Conduz-nos de novo, cria humana. Estamos fartos de não termos leis que nos guiem. Queremos ser de novo o Povo Livre!

- Isso não pode ser! – Rosnou a Baguera. – Quando já não tiverem fome, podem mudar de ideias outra vez. Por alguma razão são chamados de Povo Livre. Lutaram pela liberdade e ela é vossa. Que vos faça bom proveito, oh Lobos!

- Fui expulso pela alcateia dos homens e pela dos lobos – disse o Mougli. – De agora em diante, vou caçar sozinho!

FIM